domingo, 14 de março de 2010

"Sufocar do coração..."

Tem dias que olho para o céu nocturno e em cada estrela procuro por ti.
Procuro-te, mas não te consigo alcançar, nem te ver.
Procuro-te e não te encontro.
Através da telepatia (in) existente falo contigo sem usar palavras, palavras ditas num grito em silêncio, palavras que outrora ficaram por dizer.
Palavras que não descuro de as formar, de as abordar, de tecê-las na tela que fantasiei na ilusão que outrora foi realidade.

Nela desenho momentos vividos por nós e entre nós no caminho guiado pelas estrelas… Juntos criamos conversas vagas, estridentes, cintilantes… perdemo-nos no trio astral que nos rodeia, não há pressa e com pressa de voltar deixamos palavras caídas no vão da noite, no sabor do vento que passa por nós sem nada dizer, num cruzar oculto de palavras em direcção a ti, a mim, a nós.
Percorremos sonhos sem desmedida, procuramos hastes de um sonho que ficou por sonhar, sonhos que sonhamos em torno de cada estrela que brilha com todo o seu esplendor sem cessar…

Em linhas de papel jorram lágrimas que tendem a deslustrar aquilo que havia pintado com paixão mas com o passar do tempo ficou só a saudade que hoje rasga ilusões vagas, a falta que tenho e sinto de ti (perdi-te mas recordo ternamente o brilho do teu olhar, que ficou gravado em mim).
Mil e uma palavras fogem entre os dedos como um comboio que parte sem direcção a alta velocidade e hoje vejo-te passar e, sem nada dizer observo-te (de baixo) com o olhar em direcção a ti... nada é igual, é tudo tão igual mas tão diferente… resta-me as memórias, a recordação!

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