quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

"Apetece-me..."


Hoje apetece-me libertar o meu “Eu”…
Apetece-me rasgar o silêncio preso num lugar, num espaço a quem chamo de porto de abrigo, onde o nada é tudo e o tudo é nada!
Apetece-me viver em silêncio, prender-me em mim, ir ao meu mais infinito.
Apetece-me dormir, calar-me, silenciar-me num grito silencioso no meu interior, grito e ouço o sopro do meu coração, o eco da paixão que sinto em mim, em ti!
Apetece-me voar, ir ao mais longe possível, além do horizonte, talvez!   
Apetece-me… naufragar no teu olhar, perder-me e me encontrar.
Apetece-me seguir no voo de gaivota que paira ali mesmo em frente, a beira-mar, onde pousa ao entardecer tendo como companhia a maré ténue e fria.
Apetece-me seguir a estrada iluminada, sem pensar no vazio, no vão dos meus dias onde, por vezes, a tristeza paira no tempo.
Apetece-me…
Confesso que, às vezes, é difícil e nem sempre consigo ter a força e coragem suficiente para seguir neste caminhar.
Apetece-me viajar rumo a um lugar que deseja ardentemente ser descoberto.
Apetece-me viver em silêncio, no meu próprio silêncio, onde posso ser tudo sem ter nada.
Apetece-me... alicerçar-me, completar-me, descobrir o amor que envolve a minha verdadeira essência. A essência que devo fazer perdurar no tempo, espaço e na minha pessoa.
Apetece-me desvendar segredos ainda por descobrir, sem coincidências, sem receios, com metas…
Apetece-me ser meu provedor… trocar os planos que a vida me tem reservado.
Apetece-me… ser, estar e viver num mundo como eu próprio delineei (para mim)!   

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