O teu olhar: tudo e nada diz.
O teu olhar: pérola que pretendo
conquistar.
Não sei o que fazer quando estou perto
de ti. És especial. (Somos especiais!)
Quando estou perto de ti, o mundo gira à
minha volta.
Vivo numa multidão, mas a única coisa
que quero é olhar para ti. O teu olhar. Esse olhar que me provoca, que me
aquece, que me faz caminhar.
Pensamentos obsoletos. Desejos
enigmáticos. Vontades galvanizantes. Ah, esse teu olhar. Toda a tua presença em
mim.
Olho para ti e não me canso. Não me
canso de te olhar.
Nesses momentos estendo-te a minha mão.
Percorremos campos perpétuos, observámos paisagens douradas, mares infindáveis,
rios singulares e escadas com sede de infinito.
O teu olhar: portal de todo o meu
secretismo. Somos um só.
O teu olhar: febre que não passa. Cofre
intercetado ao mundo, impossível de deslindar.
Que vontade. Tanto amor que renasce na
exaltação do Eu que construí. Muro de paixão que erigi para nós.
O teu olhar diz-me que sim. Eu digo-te que
não. Talvez.
O teu olhar fala por ti; um dia o meu
querer e o ter ilusório fazem com que nos toquemos, que nos abracemos, que nos
beijemos no real. E partilhemos o trilho que está à nossa espera. A passerelle
do tempo.
Hoje, e apesar da ilusão transparente
que nos divide há algo que me faz ver-te através de uma loucura lúcida, uma
loucura que lança o meu olhar sobre o teu. Que olhar?!
O teu olhar. Tão doce e sublime. Terno.
Todos os dias apaixono-me por “ele”.
Na ilusão do real escondemos o nada, o
nada que para mim é tudo. Tudo. Tudo…
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