domingo, 16 de março de 2014

Sou fruto do Eu que construí



No escuro dos meus medos
não me deixo dominar
peço-lhes para partirem…
Há dias em que me ancoro nos receios
corto os pulsos de azares. 
Sou fruto do Eu que construí
pedaços de outra vida
[de uma vida que não vivi]
velha condição
que me leva ao topo
da luz interna que escondo por detrás da escuridão
traço planos que só eu sei, só eu os vejo
verdades quebram o tempo velho sobre o tejo.
Hoje
cultivo as minhas metas
parto no barco que tracei e planeio linhas de liberdade
que me atingem na garganta
golpes duros a minha alma evola
com emoção.
Tenho saudades daquele que fui outrora
morro no abraço à saudade
que por mim chora.
Há momentos em que sou a névoa adormecida
o arco-íris que brilha por detrás de toda a escuridão
procuro desvendar todos os segredos do Eu que me acorrenta
as memórias são vagas, esquecidas
o sol é o único que me acalenta.



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