domingo, 3 de agosto de 2014

Na ilusão de gostares de mim...



Vagueio, sozinho, na multidão
Perco-me em veredas de sentimentos, de emoção
Sigo em frente, e descuro de tudo o que ficou para trás
Nada é meu, nada me pertence
Estendo-te a mão
Nada é teu, pertence-me.

Viajo em oníricos, e lá, me deixo dar
Quero o que é meu, o que me pertence
Quero mais para mim, apenas o que é meu de verdade
Vivo na ilusão de gostares de mim
Eu gosto de ti, estou preso a ti;
(esta reciprocidade antagónica, presa em momentos ilusórios
Onde a realidade me mostra o quão real és
Para mim, e eu para ti).

O meu corpo?
Ah, esse está prazeroso de vontade
Em querer-te, em sentir-te, em ter-te
Quero mais, quero mais…
Desperto… e estás em mim, vives em mim, pertences-me…
Mas não sou teu, nem de ninguém!

Crava-te em mim, apodera-te de mim
Abraça-me, encosta o teu peito no meu
Deixa o teu coração explodir no meu
(Eu sou teu)!
Eu consigo senti-lo, suportá-lo
Mas se não vieres: ele morrerá…
É um tanto fez, e tanto faz!

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