(…) Em casa, não perdia um único jogo. Por vezes fechava os olhos. Imaginava que fazia amor com aquele gatão. Engolia aquele pau e montava-me “nele”. Os meus pensamentos lambiam o meu jogador favorito de cima abaixo. Não descurava de um único poro. A minha língua devorava-o a cem por cento. Adorava vê-lo a correr atrás da bola. Imaginava as bolas dele a baterem na minha região sexual frontal. Delirava quando marcava. Imaginava que ao invés de ele andar a correr atrás da bola a meio campo que me chutava as bolas dele e, com o seu pénis batia na minha baliza, juntos, mergulhávamos nus no sexo.
Fez-me sempre confusão vê-los todos suados – depois de um jogo de 90 minutos – de tanto correrem e de alegrarem os adeptos de cada equipa. Se me fodessem, já com “ela” molhada, é que marcavam golos. Deliravam de prazer…
Ai, aqueles corpos musculados, aqueles glúteos bem salientes, aquela zona genital a fazer-me abdominais, a penetrar a minha vagina. Que tesão! Almejava tanto que o meu jogador favorito beijasse o meu clítoris com a sua pila e, sem que pedisse autorização ao árbitro, gritasse: – Golo. Gooooooooooooooooooooooooo
in “Mergulhar nu sexo”, de Barnabé Sousa
[chancela: Chiado Editora].
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Barnabé Sousa
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