sábado, 20 de dezembro de 2008

"Tudo muda..."

O tempo apaga, faz mudar… a direcção do vento, as coisas de lugar.
Sentado no vazio descobri que nada é eterno, tudo muda e como qualquer ser humano também mudei.
Mudei porque assim decidi, mudei porque há coisas que abomino e tu falhaste.
Lamento as coisas terem mudado de rumo, mas para mim não bastam palavras…
O destino assim quis, pois esse sim é difícil de enganar e sabe o que faz.

No dia a dia sigo em frente (que me resta?) sem olhar para trás, deixo perdidos os olhares esquecidos na penumbra da noite… versos caídos no papel revoguei, sós transformaram-se em poesia, prosa e canção… melodia embalada no tempo.

Não basta dizer: “Se fores sempre tu próprio, verás que nunca terás que mudar”, é preciso mais do que belas palavras sentidas (ou não) no vago do teu ser.
É necessário gestos, acções, actos reais e não palavras soltas, perdidas nas horas assombradas pela noite.

É preciso veridicidade, e não “bluff´s”, sem nexo.
Seria ideal se todas as palavras tivessem transparência, pois os teus olhos revelam sinceridade, mas e os lábios?

Dúvida esta que até hoje não encontro resposta…
Quero palavras que revelem sinceridade extrema, palavras reais e sentidas no calor da alma.
Dizer “Adeus”, não significa “nunca mais”!

Quem sabe um dia tudo fique realmente claro como as aguas cristalinas que envoltam a maresia sentida nas minha face, aquando a minha passagem pela praia.

Pergunto ao mar e ele nada me responde… questiono o meu "Eu" e há uma voz que me diz: deixa correr o tempo… errar é humano!
Mas aprende-se com os erros e é com eles que crescemos.
Um dia, num futuro breve, talvez nos voltemos a encontrar e a verdade existente no silencio que nos comete, recaia na realidade e tudo finalmente renasça na exaltação da nossa existência, no esplendor do nosso “Eu” e selemos com sangue, saliva ou suor a verdade e nada mais…

será?

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