domingo, 30 de setembro de 2012

Hospital sem rosas, mas com espinhos…


Enfermaria lotada
do teto sobressai um raio de luz
os velhos assistem
à queda
de chuva de pétalas de rosas
sobre as suas camas
sobre o manto que os cobrem
repleto de pegadas
espinhos entrelaçados no seu caminho…
Os seus cabelos grisalhos
idênticos à noite fria de inverno
que chegou!

Em cada rosto uma história
em cada história uma vida
em cada vida dois sentidos
recheados de sonhos, odisséias.
O tempo passou
as memórias são confusas
anacrônicas
momentos de glória
momentos de dor
heroísmos e bravuras
estampadas no mar da vida...
cruzando o rosto em forma de rugas

Nostalgia ou medo do futuro?
Parece tão distante, mas tão perto
nada é certo
tudo é vivido.
Não tarda nada
num piscar de olhos
a morte chega
vem à minha procura
chegou a minha vez!

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